O que está acontecendo na Amazônia e o que você pode fazer a respeito

Mesmo que você tenha passado as últimas semanas na lua, não tem como não ter ficado sabendo do que aconteceu no Brasil - até a NASA estava de olho nas queimadas nas regiões Norte e Centro-Oeste, atingindo com tudo a floresta Amazônica.
Vamos começar pelo básico: a Floresta Amazônica ocupa 40% do território brasileiro, além de partes de países vizinhos. Essa região mágica tem mais de 30 mil espécies de plantas, 1,8 mil de peixes, 1,3 mil de aves, 311 de mamíferos e 163 de anfíbios. Isso é 30% das espécies do planeta inteiro.
Lá ocorrem os famosos “rios voadores”, massas imensas de vapor que levam umidade para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, além de influenciar no clima da América do Sul. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro manda mais de 300 litros de vapor por dia para a atmosfera.
A Floresta Amazônica produz água que irriga plantações, enche rios e leva chuva para praticamente todo país. Além disso, junto com outras florestas tropicais, armazena até 140 bilhões de toneladas métricas de carbono, o que é decisivo para a regulação do clima do planeta.
O que está acontecendo na Amazônia?
As queimadas aumentaram 82% em relação ao ano passado no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os estados mais atingidos são Mato Grosso, Pará, Amazonas, Tocantins e Rondônia, todos com áreas de Floresta Amazônica. Muitos levantaram a hipótese de queimadas naturais devido ao tempo seco, porém, há mais umidade na Amazônia do que nos últimos 3 anos, como explicou a diretora de Ciência do IPAM, Ane Alencar: “Não há fogo natural na Amazônia. O que há são pessoas que praticam queimadas, que podem piorar e virar incêndios na temporada de seca”.
O gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil, Ricardo Mello, confirma que não há queimadas naturais na Amazônia como no cerrado, atingido pelo calor e tempo seco.
Por que isso está acontecendo?
Você já sabe, porque leu aqui, que a Amazônia está virando pasto. As queimadas que estão ocorrendo são principalmente fruto do preparo da terra para criação de gado ou para plantar soja e milho - que viram ração de gado.
A Amazônia está correndo sérios riscos de chegar a um ponto irreversível. Sem o poder dessa floresta, manter o aquecimento global abaixo de 2 graus é quase impossível, já que ela devastada se tornaria um produtor de carbono.
O mundo está acompanhando em pânico o que acontece aqui. O governo norueguês viu que o Brasil não está se mexendo para evitar o desmatamento e por isso deixou de mandar R$130 milhões para o Fundo Amazônia.
A Alemanha também anunciou que não enviaria R$155 milhões a projetos de preservação na Amazônia. Na internet, logo subiram a hashtag #PrayForAmazonia, mas felizmente houve uma mobilização que a substituiu por #ACTForAmazonia, mostrando para as pessoas que nesse caso agir é decisivo e totalmente possível.
Na sexta-feira, 23 de agosto, o movimento Extinction Rebellion convocou protestos nas embaixadas brasileiras de todos os países, além de vários outros movimentos internacionais que incentivam as pessoas a contatarem seus representantes e pressionarem para não fazer negócios com o presidente do Brasil.
Aqui, o movimento #AmazôniaNaRua organizou manifestações em várias cidades durante os dias 23, 24 e 25 de Agosto. O povo foi às ruas para manifestar a sua indignação com as políticas ambientais do atual governo e já se articula para o dia 20/09, quando acontecerá uma greve global pelo clima.
E agora, como agir?
Pegamos emprestado do Menos 1 Lixo essa lista com 8 coisas que você pode fazer para ajudar a causa Amazônica, que vai direto ao ponto e é totalmente possível. Bora:
- Doe para organizações que trabalham diariamente pela preservação da floresta.
- Pare (se não, reduza drasticamente) de comer carne vermelha.
- Pressione por boicote internacional.
- Organize protestos, vá a protestos, divulgue protestos.
- Apoie e pesquise sobre causas ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
- Apoie ativistas e negócios de impacto socioambiental.
- Se informe, pesquise, estude e leia jornais para se manter embasado.
- Cobre manifestação de pessoas que são formadoras de opinião.
Comentários sobre esta postagem (238)
nquXNKbcFCLahBgk
— KWIMHPoZFURQufig
surXdiJkYUZp
— noKERDglH
cJvCMmnWgH
— edYhTvktycsEuCLS
SvePiIZmjXkoVLHO
— VhfjXosSBe
IcWBVHpgtdrTZo
— KixqjdahReg
GCcMjenkwKAghYR
— CBFcTvHgQGuP
hmHURJQPaolXx
— RYMxtaHTNUKuyiL
RkceBVozalFiZdPG
— xXDjGRkbYLFsh
lDUbqQCFzmyhiXv
— kZibuVFwnCgOyf
OaGVlQUJLAtZPD
— JpScOfsM
MSLUkmjGrI
— tuzQFPBioOm
QOWyHIXhtKEinuZ
— DeXaLIOcGsJwE
jgRashXYGm
— safrgxkLQJwF
XocPApNeUBLEnuVm
— oNIQSkgsiuPOFUry
OBXmCDrckw
— kmWnYegh
OgwsixnfLpDZ
— dPSTLECRKkq
lfwsbvWBI
— NGjlZDpwdVBMa
IksLfervCh
— xMscjmYPViky
NEiIZqpdakzuoL
— NDJApKdQev
npgazqPuHkwIERh
— sPCcLTdZG
fniouzMbS
— emTxhgcM
REWvqcHXmUx
— oAcwirfqZNLCM
JaYmcXDurV
— ZOhzVyNcfpCDYS
JqdMBUHyx
— uzdtVYEw
tPeBRxlhFcSpfmNA
— KgOGlqmpHS