Fashion Revolution: por que a moda precisa de uma revolução urgente

Quando a gente para pra pensar em todas as etapas e pessoas envolvidas na história de uma peça, percebe a importância de saber exatamente como e por quem foram feitas as nossas roupas. E essa é questão que define o movimento Fashion Revolution: Quem fez minhas roupas?
Para quem não conhece, é uma campanha global que pede transparência, ética e sustentabilidade na cadeia produtiva da moda. O Fashion Revolution nasceu em 2013 após a tragédia do desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, que deixou 1.133 pessoas mortas e 2.500 feridas. O edifício era cheio de sweatshops (fabriquetas e facções de costura que produzem principalmente para marcas de fast-fashion) e o acontecimento ajudou a trazer à tona questões que até então eram jogadas pra baixo do tapete. Entre elas, a situação de boa parte dos trabalhadores da indústria têxtil, que enfrentam jornadas em condições desumanas para ganhar poucos centavos por peça produzida.
Nós já falamos sobre os impactos negativos do fast-fashion aqui e também como cada peça, por mais simples que pareça, tem por trás uma cadeia produtiva cheia de pessoas e processos. Exigir que essa cadeia seja limpa, ética e consciente depende de nós, como consumidores.
Por aqui, como marca, a gente dá o exemplo. A nossa produção é toda feita em Sapiranga, pertinho de Porto Alegre, e passa por todas essas pessoas e processos. Nós também apoiamos as marcas locais, feitas no Brasil de forma ética e ecologicamente responsável. Queremos que cada vez mais marcas tenham essa preocupação. Todo mundo sai ganhando.
O dia 24 de abril relembra a tragédia do Rana Plaza e é a data oficial do Fashion Revolution Day. Acontecem vários eventos no mundo todo - com cada vez mais cidades se envolvendo a ponto de se transformar em Fashion Revolution Week. Neste ano, entre os dias 24 e 30 de abril mais de 90 países entrarão nessa. Pra quem se interessou e quer participar, é só dar um pulo no site ou na fanpage do movimento pra ficar por dentro do que vai ter perto. Além disso, você pode ajudar a fazer barulho nas redes sociais postando fotos com a etiqueta da roupa virada pra fora, e perguntar para as marcas: #QuemFezMinhasRoupas?
Como o próprio movimento diz: seja curioso, descubra, se envolva.


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